quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Lima Jr. e Cícero Moraes

Em viagem a Petrolândia, o poeta Lima Júnior, da cidade de Tuparetama, recebeu um mote informado que sua autoria seria de um tal Pedro Téo, versejada com Ciço Moraes de Belomonte:



A MORADA DE DEUS É TÃO DISTANTE
QUE É PRECISO MORRER PRA CHEGAR NELA.


Cícero Moraes:

Todos nós já nascemos com missão
A cumprir quando em vida aqui na terra
No momento em que a vida se encerra
Nós cumprimos a determinação
E o chamado de Deus para a mansão
Vem às vezes de uma forma singela
Quando a alma se solta e o corpo gela
A viagem ao céu é no instante
A morada de Deus é tão distante
Que é preciso morrer pra chegar nela.


Lima Júnior:

O relógio da vida marca a hora
Reservada pra última viagem
Sem comprar um bilhete de passagem
Nem saber o momento de ir embora
Perde a vista quem vai,quem fica chora
Quando a terra nos abre uma janela
O espírito se solta o corpo gela
E o caixão é o transporte mais possante
A morada de Deus é tão distante
Que é preciso morrer pra chegar nela


Cícero Moraes:

Se perder um amigo faz pesar,
Imagine um filhinho ou um irmão
É capaz de parar o coração,
Não existe quem possa amenizar
Tanta dor e tristeza no olhar
No momento de uma sentinela
E lembrando essa pessoa bela
A saudade se torna agonizante
A morada de Deus é tão distante
Que é preciso morrer pra chegar nela.


Lima Júnior:

A matéria cansada não atende
Aos comandos da mente que se cansa
A pressão sobe e desce igual balança
Quando encurta a passada e o corpo pende
Sem a força vital não compreende
Vendo um anjo fazendo sentinela
Vem um sopro da morte apaga a vela
E a Deus manda mais um ser errante
A morada de Deus é tão distante
Que é preciso morrer pra chegar nela.

Um comentário:

  1. Que maravilha de versos!!!
    É por essas e outras que eu adora essa arte fantástica de fazer poesia.
    Parabens aos autores e a você Rivaldo, por publicar.

    Abraços.

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