terça-feira, 26 de julho de 2011

UM COPO DE COCA COLA ( Dudu Moraes)

Outra bebida me atrasa
por isso eu fico distante
Prefiro refrigerante
Com carne assada na brasa
tudo isso me dá asa
meu pensamento decola
Fiz desse vício uma escola
Na qual me matriculei
Depois que me viciei
num copo de coca cola

Gostei logo de início
quando provei a danada
"tumei" ela bem gelada
pra alimentar o vício
pra eu largar da difícil
porque mulher só da bola
pro "caba" que desenrola
boa lábia e compromisso
e eu faço tudo isso
num copo de coca cola

depois que eu tomo o primeiro
viajo pra outro mundo
aí eu tomo o segundo
e em seguida o terceiro
pensando que "tou" solteiro
mancho de batom a gola
a mulher se descontrola
e eu me faço de inocente
mas apanho consciente
num copo de cola cola

a bebedeira não pára
porque da coca eu preciso
só no dia que eu tô liso
eu paro de encher a cara
como é coisa rara
eu ficar liso de esmola
eu "desenbaio" a viola
canto verso dia inteiro
arrecadando dinheiro
pra um copo de coca cola

com dinheiro embolsado
me destino para o bar
e por sorte ou por azar
senta uma turma do lado
e uma moça de namorado
que o mesmo não lhe consola
pois o assunto ou é bola
ou que bebe desde sexta
e eu com essa cara de besta
num copo de coca cola

eu não critico a cachaça
cada um faz o que quer
mas por ser fã de mulher
eu num bebo essa desgraça
pois uma mulher que passa
maquiagem põe argola
não quer ter na sua cola
um cabra de tola cheia
se agarra até com o mais feio
mas que bebeu coca cola

diante tanta vantagem
eu vivo assim sossegado
por nem viver ressacado
nem conversando bobagem
bebo só conta pabulagem
que é rico tem corolla
que ja passou na degola
e que ja bebeu mil venenos
mas, se eu mentir e bem menos
num copo de coca cola.

Dudu Morais poeta Tabirense.

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