quinta-feira, 29 de março de 2012

Poetisa Luna Vitrolira

AOS PRAZERES

Todo pôr do sol traz teu cheiro...
Meu peito de amante sorrir...
Eu sempre vou me despedir
do mundo inteiro primeiro
pra depois ganhar beijos teus
e sem querer dizer adeus
fartar-me em teu curto abraço.
O meu prazer é clandestino,
mas quero dizer-te menino
que quando olhas, me desfaço.

Eu tenho alguns poucos receios,
pois meu coração não é casto
e, por isto, às vezes, me afasto:
por respeito ao amor alheio,
mas te espio discretamente
e sempre disfarçadamente
o peito bate descompassado.
E aí aparece a razão
Pra controlar o coração,
dizendo que estais no passado.

eu não me furto a natureza,
mas calo frente ao meu impulso
- pois que se descontrola o pulso -
eu não resisto a tua beleza.
Eu adoro te ver sorrindo
e ainda continuo fingindo
que os meus desejos se castram,
mas mesmo que se calem os lábios
os nossos sentidos são sábios
os olhares sempre se falam.

A tua presença é perigosa
vejo que gostas de incitar
com palavra “maliciosa”,
Mas adoro teu provocar
e sem pressa e com paciência
sou obrigada a pôr reticência
e admitir a verdade crua:
que o pensamento vai aos ares
me desconcertam teus olhares;
sou réu confesso e presa tua.

tudo que começa tem fim
- disso tem-se consciência -
por isso sempre digo sim
pra ver o que quero em essência.
Nem tudo nasce para o eterno,
o fugaz é belo e terno.
Meu carinho tem sinceridade.
Preto, eu te deixo marcado
nesse universo ritmado
oferecendo honestidade.

Não hei de temer arrodeio
muito menos temer saudades.
Rio... pelo efêmero passeio
e por minhas ébrias vontades.
Sem medo de parecer louca
canto amor até ficar rouca
eu danço pela tempestade,
porque se ignoro o desejo
morre no tempo nosso beijo
só porque não se fez verdade.

Não tenho medo nem se espante
é só encanto, admiração
e carinho d’um ser errante
que te faz versos com paixão.
Todo amor é livre e sagrado
não deve ser sentenciado,
pois o pecado não condena,
por isso quero lhe dizer:
se você faz acontecer
faço tudo valer a pena.



Paulista-PE


quarta-feira, 28 de março de 2012

Poetisa Wandra Rodrigues

Quando lembro daquele meu passado
E recordo de tudo que vivi
E das dores que um dia já senti
Que você não estava do meu lado,
Algo em mim percebi que estava errado,
Meu amor, não menti,  foi todo seu...
Porém esse destino não nos deu
E agora só resta uma vontade.
QUEM PASSAR NO CASTELO DA SAUDADE
DE LEMBRANÇA AO AMOR QUE JA FOI MEU.

No castelo da fera da saudade
Descobri que por dentro aqui de mim
existia uma dor que não tem fim
dando um fim em minha felicidade
me deixando na tal fatalidade
após tudo que nos aconteceu
Pra você nosso amor, enfim, morreu
Mas imploro a toda sociedade...                  
QUEM PASSAR NO CASTELO DA SAUDADE
DE LEMBRANÇA AO AMOR QUE JA FOI MEU.

Tabira-PE

segunda-feira, 12 de março de 2012

Poetisa Thaís Nunes

Linho emotivo

Teci dos teus olhos os maiores dos encantos
Mergulhei em rios de substâncias envolventes
Busquei no teu colo paz para o meus prantos
Acalmei-me sobre teus afagos comoventes.


Mistura Diluente

Vendo o tangido do vento fluir
O calor sentido é diluído em essência
Faço dos ritmos as cores para colorir
O ar da vida, solvente da transparência.

sábado, 10 de março de 2012

Nos devaneios dos versos com o tema: A morte.

Lima Jr.:

Dos amigos que partiram
Minha saudade é demais,
Os vivos, por não ir vê-los,
Nem eles voltam jamais,
Aos mortos, não quero ir,
Só lembranças, nada mais.

Vinicius Gregório:

A morte vem destruindo
qualquer sonho, qualquer meta.
Pode até levar de nós
A nossa parte concreta.
Pode até levar o homem,
Mas nunca leva um poeta.

Kerlle de Maglhães:

Se tenho medo da morte
Perguntaram outro dia
E eu pensei nesta alegria
De viver com tanta sorte
Com amigos no suporte
No meu fraco coração
Foi que respondi então
Sem fazer nenhum segredo
Da morte... eu tenho medo
Mas, não mais que a solidão.

Susana Morais:

Nossa vida se compara com a rocha
É tão forte, nem parece passageira
Muita gente leva a vida em brincadeira
Se esquecendo que ela é fogo de tocha
Reconhece quando ela desabrocha
Mas esquece que no fim ela atormenta
Quando sente a martelada é que tenta
Melhorar sua vida já passada
A marreta da morte é tão pesada
Que a pedreira da vida não agüenta.

Cicero Morais:

Nessa vida nós temos a certeza
De que ela um dia vai chegar
Todo mundo queria adiar
Mas a ordem é da santa natureza
Ela é companheira da tristeza
E não falha no dia nem na hora
Deixa o corpo e tira a alma fora
Não importa quem quer que tenha sido
Quando a morte carrega alguém querido
Um pedaço da gente vai embora.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Poetisa Idalina Carla

Nostalgia

Que saudade de um Bom Dia!...
... Um bom dia, de alma pura.
Da criança cheia de ternura,
Que falava o que sentia.

O Bom Dia que escuto agora,
São amargos quase sem amor...
Tão diferentes d’outrora
Então tudo perdeu o valor... ?!

Viveremos de forma diferente
Como de costume antigamente,
Onde o amor era tão lindo...

Saudade deste puro e verdadeiro,
Não desse amor, traiçoeiro.
Que chega a se tornar infindo!